sábado, 1 de maio de 2010

Entre aspas diversas

As vezes a ausência se torna tão comum, que o meio cheio gera tamanha indecisão... Completo então, é mais do que a cabeça entende, e o coração dispara estranhando tudo, apavorado. Esquisito, somente... Esquisito.

Entre aspas diversas


Herético saber que nega este meu amor,
por que confunde tanto meu olhar cansado?
Não pude esperar por teu instinto acolhedor
socorrer insano o teu futuro amado,

pois ela, a antiga fulana evoluiu!
Não mais é apenas um lindo invólucro de ar.
Ela carrega, lá dentro, infeto covil,
segredos de dor inquietos a esperar...

O peito urge mas a mente repudia,
como pode ser tão bela quanto fria?
A reflexão nega e se torna ofensa,

verga-se a este  meu pensamento ilusório,
entre aspas me prende, vivo no purgatório
com esta imagem que é minha recompensa.

2 comentários:

negoncia disse...

to revoltada gandi com isso...
me lembra eu. eu e os comigos e a nossa solidão, sabe?
e no final, nao sobra nada...
e nao dá pra esperar nada de ngm mesmo .-.
entende a confusão?

Anônimo disse...

Ahh, tem gente comentando mais rápido que eu agora, palhaçada...
Sua introdução ao soneto me intriga. Profundamente.
Aliás, ahhh fodão. Escrevendo sonetos... Bem escrito seu soneto, parabéns.
E é isso que eu tenho a declarar por enquanto, num momento de maior disposição eu comento direito xD