segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Porques...

Porque meu amor não é o maior do mundo. Nem meu sorriso o mais sincero. Porque meu medo não congela, apesar de me fazer passar frio. Porque tudo que quero se resume apenas naquilo que não conheço. Porque os dias passam rápido, devagar ou ordinariamente, independente de quem me rodeia. Porque meu humor é volátil. Porque não sei fingir que meus olhos não se tornaram pedras. Porque sei que meu melhor amigo repousa entre páginas amassadas e sua neurose se permeia por meus tendões. Porque nada ao meu redor poderia ser mais meu do que a ideia de que tudo possuo. Porque decido por tudo que jamais será acatado por minha consciência. Porque sangro por entre os dedos, cada vez que me percebo incapaz de sangrar. Porque encontro em estilhaços do céu minha paz, com toda a devida precaução dos pronomes possessivos...
Porquês eu escrevo.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ânsias

Os dias são livres,
mas não mais vemos,
nos subúrbios de nossas memórias,
os fragmentos de nossas vidas.
O caminho para casa desintegrou-se,
junto com seu sorriso,
com os relatos de onde estava eu
quando da visita ao purgatório.
Ansiei por seu retorno.
Ainda anseio...