segunda-feira, 30 de abril de 2012

Pilhagem


Pilhagens mil sofreram meus olhos,
abandonados a espera das palavras
que completariam estes versos,
que sem pressa desmoronam.

domingo, 8 de abril de 2012

Resenha


Hoje vou resenhar meus ídolos numa canção:
já que posso tocar meus sonhos com as mãos,

vou fazer chover a tinta que tinge nosso céu.
E daí que a alma congelou? Tiro o chapéu

para tanta liberdade embutida nas palavras
ditas sobre tanta inspiração desmanchada.

Tantas restrições em um coração que não bate mais,
tanto medo, receio que me tira a paz:

Decidi que tudo isso também não me importa,
vou resenhar o coração de gente morta.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Pose


Sou o horizonte desolador do destino,
repleto pelo vácuo dos corações
secos que carregamos através
deste caminho perene e solitário.

Sentimentos rançosos cruzam mindinhos
com suas crias desformes e malignas,
Nosso sicofantismo celebra a dor
de nossa existência insípida e egocêntrica.

Nossa semeadura se torna profana,
enquanto colhemos reflexos criados
por nosso inédito holocausto moral
através de reflexões enegrecidas

mergulhadas nas cores ausentes do
amanhecer e deste ermo entardecer.
Estamos condenados a subsistirr,
sem jamais experimentar o viver.