quarta-feira, 23 de junho de 2010

A última vez que ouvi "eu te amo"

Nós acreditávamos
que o futuro seria melhor,
a esperança
seria a última a morrer
e nós desejávamos
para mais que um.
A união não se resumia a dois,
as mãos se apertavam
em correntes inquebráveis,
a dor dava lugar a idéias.
Sentia você ao longe,
não admitia mentiras
e dedicávamos nossas almas.
Amávamos Sophia e seus amantes
em nossas inesquecíveis orgias,
agora ofuscadas
pelo oblívio e pelo tempo.
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Leiam a letra da música que está tocando, vale a pena. É uma das mais bonitas que já vi. =)
http://letras.terra.com.br/bad-religion/2989/traducao.html

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Tudo

Eu queria,
naquelas noites de outono,
esperar o frio morrer
e aquecer meus medos
com sua voz e sua mão.
Fazer do dia o para sempre,
do começo, o infinito
do inverno, o nosso verão.
Encostar-me na parede,
puxar pelo braço um abraço,
e recluso permanecer...
Ah, como eu queria,
queria ser tudo,
que talvez seja nada
do que você queria ter.

domingo, 20 de junho de 2010

Palavras e pausas

Algumas palavras, simples e coesas,
simplesmente não deveriam ser ouvidas.
O silêncio, algumas vezes, é tudo
o que é capaz de ligar dois entes...

Quando o silêncio se perde,
e as palavras proferidas não deveriam ser ouvidas,
nada mais resta:
os milagres punem e os pecados salvam.

De nossa salvação, restou o pecado,
de nossa dor, o milagre,
de nós, o passado.


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Odeio meus versos livres.

sábado, 19 de junho de 2010

Segredos

Sou criança idealista, apaixonada. Encantada com as simplicidades mais simples do cotidiano mais diário. Mas a todos vocês, jamais me surpreendo, jamais me curvo, jamais sorrio. Sou homem bufão, romântico. Faria de tudo pelo sorriso de minha lagarta listada. Sou jovem rebelde, incompreendido e incompreensível. Não consigo conceber a idéia de ser tão diferente e tão igual ao mesmo tempo. Sou moleque idealista, assustado. Com medo de encarar o mundo, perplexo, e desabar frente às vicissitudes ainda não enfrentadas. 

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O descompasso e o fim abrupto

Se minha tão querida oitava é inacabada,
diga como entao deveríamos viver?
Se tal perfeição não será perpetuada,
diga-me porque nós deveríamos viver...

Se as notas só param quando o onírico surge,
se os dias só rastejam enquanto a noite morre,
se esta mente repudia a ideia e o peito urge,
se nem mesmo a ti este desespero recorre,

Diga porque nós deveríamos viver...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Um

A normalidade se refere ao um,
não a padrões bizarros
que estereotipam estereótipos.
As sensações, a angustia,
a ausência da percepção
de qualidades diversas
corroem a razão de ser do ser:
a impotência do um
frente a pelotões marginalizados
é ignorante e corrosiva.
Um é sempre importante,
e ainda assim, nunca importa.