A memória incide
impertinente e incoerente.
Os desejos concedidos com o tempo
se tornam meras memórias
a serem apagadas,
se tornam o mais célebre pesadelo,
a mais oblíqua das madrugadas.
E nada parece proporcionar
o alívio referente ao oblívio,
nem mesmo sei mais
se lembro tudo que lembro
ou se lembro das confirmações alheias
sobre minhas lembranças.
Ninguém parece conceder
a uma memória
despropositadamente detalhista
a benção de se perder...
O turbilhão de imagens e sons
corroe meu pensamento,
o tornam ineficaz,
me esvaziam aos poucos.
Sinto o sangue esvair
por cada poro de meu corpo,
ele se mistura com o ar,
num fétido vapor carmesim
de momentos passados
e inconclusivos.
Afinal, são eles
momentos passados mesmo,
ou confirmações alheias
sobre minhas vivências?
Um comentário:
Vamos por partes então...
A musiquinha, eu gosto da musiquinha... Acho ela magicazinha desde sempre.
Agora, suicídio é marcador que se use?? Hein? Hein? Não seja emo.
Observação do leitor: quando vc tá emo vc escreve mais difícil. E, apesar da emozidade do negócio... Pera aí.
"se tornam meras memórias
a serem apagadas,
se tornam o mais célebre pesadelo,
a mais oblíqua das madrugadas." < o pedaço aí tá bonito =)
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